Sinto a tua falta, não vou mais esconder e fugir à verdade como se fosse normal, como se nunca tivesse pensado em ti, como se ainda não fizesses parte da minha vida. Refugiei-me em tudo o que pude, criei ilusões que não queria, acreditem que iria encontrar alguém que te pudesse substituir, alguém que me desse e tirasse tudo ao mesmo tempo...Eras a minha metade, fazias-me voar mais alto sem ter medo das quedas, davas-me a mão quando vias que ia desistir, e mesmo assim deixaste-me assim. Porquê? Porquê todas aquelas palavras se no final nem adeus disses-te? O que fizes-te ao dito amor por mim? Porquê é que disses-te que era importante se depois me fizes-te sentir insignificante?
Tentei odiar-te, tentei pensar que não prestavas, tentei esquecer todas as vezes em que me disses-te que eu era tudo, rasguei as tuas fotos e queimei-as tentando desfazer-me de ti...Mas não consegui. Não sabes o quanto chorei e choro, não sabes como todas as noites desejo que estejas a pensar em mim. Disses-te estar arrependido, disses-te que gostavas de mim, disses-te que eram esperanças verdadeiras, então pará de fugir, pará de me deixar a sofrer cada vez que me deixas para trás, pará de dizer isso a todos e vem dizê-lo a mim!
Mas não, sei que não o irás fazer. Essa tua reputação, essa tua vida, esse teu mundo...nunca fiz parte disso, nunca me quises-te incluir nos teus sonhos nem nunca me viste como uma motivação tua. Tinha a certeza de que irias ser o meu Romeu, de que irias dar sentido aos meus dias, à minha vida.
Restou apenas disso eu mera memória, um arrependimento que não me deixa seguir em frente, que me faz recuar quando conheço alguém novo, e que me faz suspirar sempre que penso em ti, sempre que penso que poderíamos ter sido algo forte e construído a nossa cumplicidade. Perdi-me em ti, e sei que sim, mas ainda me deves uma justificação, ainda me deves uma última esperança, ainda me deves o sorriso que levas-te contigo.
E não, nunca te esquecerei ou deixarei de te amar, e é o que dói mais.